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quinta-feira, 17 de julho de 2014
Olá! Acabou não dando pra postar na terça e, por mudanças de agenda, vou ter que mudar o dia de postagem para quinta. Hoje, vou falar um pouquinho sobre o pretérito imperfeito.

A própria denominação desse tempo verbal expressa que se trata de um fato passado não acabado (não perfeito). Tem uma ideia de continuidade, de duração do processo verbal mais acentuada do que os outros tempos pretéritos. Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, pode ser usado de 7 maneiras diferentes. Vou colocar as 5 mais comuns aqui:


1) Quando nos transportamos a uma época passada através do pensamento e descrevemos o que era presente naquele momento:

A rua estava deserta.

2) Para indicar, entre ações simultâneas, a que estava se processando quando a outra sobreveio:

Quando se aproximava para me assustar, acabou ele mesmo levando um susto pelo trovão.

3) Para denotar uma ação passada habitual ou repetida (imperfeito frequente):

Ela corria todas as manhãs no parque.

4) Para designar fatos passados e concebidos como contínuos ou permanentes:

A padaria ficava logo ali, naquela esquina.

5) Para situar vagamente no tempo contos, lendas, fábulas etc. (caso da música “João e Maria”, de Chico Buarque que eu trouxe alguns posts atrás):

Era uma vez, num reino muito distante...

É interessante trabalhar essa distinção em sala de aula, chamando a atenção para os diferentes empregos em funcionamento nos textos. Como os próprios autores chamam a atenção, o pretérito imperfeito é o tempo que mais se presta a narrações e descrições, sendo usado mais para explicar os eventos com minúncias do que para enumerá-los. Assim, é um dos recursos mais importantes dos autores de língua portuguesa.

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